As trabalhadoras
e trabalhadores pró-greve da Escola Estadual Dom Velloso vêm comunicar e
apresentar à comunidade escolar os motivos pelos quais nossa categoria aprovou greve a partir de 8 de março deste ano,
em assembleia estadual representada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
Temos clareza de que a greve é um transtorno na vida
de todos/as, pais e estudantes, inclusive para os/as trabalhadores/as da
educação que depois terão que repor os dias paralisados enquanto seus
familiares e não grevistas vão usufruir das Férias, da Família e das Conquistas
que da greve resultaram. Apesar dos transtornos, a greve é nosso instrumento
mais eficiente e constitucional, é a voz daqueles/as que não são ouvidos e não
conseguem assistir à morte diária da Educação Pública e nada fazerem.
Em 2015, passados sete anos de lutas pelo pagamento
do Piso Salarial (pagamento mínimo estabelecido por lei), depois de
desgastantes greves, e acumulados dois acordos descumpridos pelos governos,
finalmente, a categoria conquistou uma lei estadual com a política do Piso
Salarial Profissional Nacional. Essa lei garantiu os reajustes anuais do Piso e
estabeleceu uma política de pagamento e incorporações de abonos para que, em
julho de 2018, finalmente, o Governo de Minas pague o Piso Salarial.
Desse modo, aceitamos um processo de longo prazo,
abrimos mão, naquele momento, de muitas outras questões salariais e de carreira
com o objetivo de conquistar o Piso Salarial.
No entanto, contrariando a legislação estadual e o próprio acordo
assinado, o governo estadual acumulou dois reajustes (2017 e 2018) sem o
pagamento à categoria.
Além de tudo isso, nossa categoria está sendo também
prejudicada e desvalorizada tendo em vista as decisões sobre atraso e parcelamento
dos salários e do 13º, adiamento do ano escolar, suspensão das nomeações de
concurso, prestação precária de serviço médico, o não repasse de verbas de
manutenção das escolas, dentre outras questões. Concluímos, portanto, que a
posição do governo foi a de não realizar mais negociação com a categoria, fato
esse que desencadeou a mobilização de greve.
Lutamos para que amanhã exista a possibilidade de seu/sua
filho/a, ou o/a filho/a dos seus/suas filhos/as, ter acesso à uma Educação
Pública e de Qualidade, com profissionais bem remunerados/as, saudáveis e
autorrealizados/as em suas profissões. Apesar dos desgastes, todos/as somos
educadores/as e, portanto, também exemplos de lutas para os jovens de hoje. A greve
também é um instrumento de formação cidadã.
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